Edital criticado: exigência de “masculinidade” em concurso da PM causa polêmica
Os requisitos apresentados no edital do concurso para cadetes da Polícia Militar do Paraná (PMPR) causaram polêmica. Algumas exigências solicitadas pela corporação se tornaram alvo de críticas.
O edital data do dia 9 de agosto e é assinado pelo Coronel Everon Cesar Puchetti Ferreira, diretor de pessoal da PMPR. Os requisitos polêmicos estão no anexo II do documento, nomeado como “Perfil Profissiográfico – Avaliação Psicológica”.
O candidato deve apresentar diminuída a emotividade, apresentada como “expressão de vibrações, choques ou comoções interiores das funções psicológicas e fisiológicas”. Além disso, a amabilidade dos candidatos deve ser baixa. Esta característica é descrita como a “capacidade de expressar-se com atenção, compreensão e empatia às demais pessoas, buscando ser agradável, observando as opiniões alheias, agindo com educação e importando-se com suas necessidades”.
Outro ponto polêmico é a masculinidade, que prevê que o indivíduo não deve “se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades, não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor” e a exigência de baixa empatia, “habilidade do indivíduo em ser empático, prestativo, generoso e altruísta”.
O concurso oferece 14 vagas para concorrência geral e duas para afrodescendentes. Além disso, o ingresso de mulheres fica limitado em até 50%. “Atingido o limite previsto não serão nomeadas candidatas do sexo feminino independente da classificação final obtida no certame”, informa o edital, que cita a Lei Estadual nº 14.804/2005.
Outro lado
A Polícia Militar divulgou uma nota sobre a polêmica envolvendo a avaliação psicológica prevista no edital. No texto, a corporação alega que “não compactua e não tolera comportamentos e posicionamentos discriminatórios de qualquer natureza e, envida esforços, juntamente com toda a sociedade civil, para combater qualquer atentado aos direitos civis dos cidadãos”. A PMPR afirma ainda que os testes aplicados nos concursos “são instrumentos aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia”.
Sobre a polêmica em relação ao termo “masculinidade”, a PM afirma que o termo recebeu uma “interpretação equivocada por alguns setores da sociedade”. “A PM afirma que não é esta a interpretação que deve ser dada à característica descrita nos manuais de psicologia e transcrita no referido Edital, e afirma que o objetivo é avaliar a estabilidade emocional e a capacidade de enfrentamento, aspectos estes extremamente necessários para o dia a dia da atividade policial militar”.
Confira o texto na íntegra:
*(Foto meramente ilustrativa: reprodução Internet)
(Fonte: massanews.com)
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2 Comentários
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Não vi motivo para polêmica. É um concurso para a PM. Quanto mais bruto, antipático e insensível, melhor. A gendarmeria não tem de ser agradável e gentil, e sim temível e eficiente. continuar lendo
Exatamente Dr! Chega de carinhos com os bandidos e sim força policial bruta! continuar lendo