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25 de Abril de 2024

'Abismo entre fala e escrita': Os 10 erros de português mais cometidos no Brasil

Publicado por DR. ADEvogado
há 5 anos


Vi no Facebook uma mulher dizendo que casaria com o primeiro homem que soubesse usar crase, mas não são só os homens que não sabem usar. As mulheres também!", alerta a linguista Camila Rocha Irmer, uma das encarregadas de avaliar os erros de português no Babbel, um dos maiores aplicativos de ensino de idiomas no mundo.

Ela se refere a um dos erros mais comuns entre falantes de português brasileiro - quando usar a crase? -, juntamente com as dúvidas sobre os" por ques "e outras.

"É algo difícil de explicar. Acho que esses erros acontecem porque há um abismo entre o que escrevemos e o que falamos", diz à BBC Brasil.

"Quem não lida com a escrita diariamente não se lembra das regras. E, mesmo que as pessoas estejam dando mais opiniões nas redes sociais, é uma escrita rápida. Você não tem muito tempo para pensar sobre como escrever."

Há os" erros de sempre ", mas Irmer afirma que existem também as questões que aumentam ou diminuem a cada ano. Em 2017, por exemplo, a dúvida sobre quando usar" há "e a apareceu mais vezes no aplicativo do que no ano anterior.

"Agora, estamos alcançando um público de menor escolaridade que não quer só aprender idiomas estrangeiros, mas tem problemas com português mesmo. E recebemos muitos recados, pelo aplicativo, de pessoas que estão aprendendo português ao estudar outra língua."

A pedido da BBC Brasil, a equipe de linguistas e educadores do Babbel fez um levantamento dos erros mais recorrentes entre os falantes de língua portuguesa no ano de 2017. Veja a lista:


1." Entre eu e você "

O correto, segundo os especialistas, é usar" entre mim e você "ou" entre mim e ti ". Depois de preposição, deve-se usar" mim "ou" ti ".

Por exemplo: Entre mim e você não há segredos.


2." Mal "ou" mau "

" Mal "é o oposto de" bem ", enquanto que" mau "é o contrário de" bom ". Na dúvida sobre qual usar? Os especialistas recomendam substituir o advérbio pelo seu oposto na frase e ver qual faz mais sentido.

Por exemplo: Ela acordou de bom humor; Ela acordou de mau humor.


3." Há ou a

"Há" , do verbo haver, indica passado e pode ser substituído por "faz".

Por exemplo: Nos conhecemos há dez anos; Nos conhecemos faz dez anos.

Mas o a faz referência à distância ou a um momento no futuro.

Por exemplo: O hospital mais próximo fica a 15 quilômetros; As eleições presidenciais acontecerão daqui a alguns meses.


4. "Há muitos anos", "muitos anos atrás" ou "há muitos anos atrás"

Usar "Há" e "atrás" na mesma frase é uma redundância, já que ambas indicam passado. O correto é usar um ou outro.

Por exemplo: A erosão da encosta começou há muito tempo; O romance começou muito tempo atrás.

Sim, isso quer dizer que a música Eu nasci há dez mil anos atrás, de Raul Seixas, está incorreta.


5. "Tem" ou "têm"

Tanto "tem" como "têm" fazem parte da conjugação do verbo "ter" no presente. Mas o primeiro é usado no singular, e o segundo no plural.

Por exemplo: Você tem medo de mudança; Eles têm medo de mudança.


6. "Para mim" ou "para eu"

Os dois podem estar certos, mas, se você vai continuar a frase com um verbo, deve usar "para eu".

Por exemplo: Mariana trouxe bolo para mim; Caio pediu para eu curtir as fotos dele.


7. "Impresso" ou "imprimido"

A regra é simples: com os verbos "ser" e "estar", use "impresso".

Por exemplo: Camisetas com o slogan do grupo foram impressas para a manifestação.

Mas com os verbos "ter" e "haver", pode usar "imprimido".

Por exemplo: Só quando cheguei ao trabalho percebi que tinha imprimido o documento errado.


8. "Vir", "Ver" e "Vier"

A conjugação desses verbos pode causar confusão em algumas situações, como por exemplo no futuro do subjuntivo. O correto é, por exemplo, "quando você o vir", e não "quando você o ver".

Já no caso do verbo "ir", a conjugação correta deste tempo verbal é "quando eu vier", e não "quando eu vir".


9. "Aquele" com ou sem crase

Em vez de escrever "a aquele", "a aqueles", "a aquela", "a aquelas" e "a aquilo", use "àquele", "àqueles", "àquela", "àquelas" e "àquilo".

Por exemplo: Maíra deu o número de telefone dela àquele rapaz


10. "Ao invés de" ou "em vez de"

"Ao invés de" significa "ao contrário" e deve ser usado apenas para expressar oposição.

Por exemplo: Ao invés de virar à direita, virei à esquerda.

Já "em vez de" tem um significado mais abrangente e é usado principalmente como a expressão "no lugar de". Mas ele também pode ser usado para exprimir oposição. Por isso, os linguistas recomendam usar "em vez de" caso esteja na dúvida.

Por exemplo: Em vez de ir de ônibus para a escola, fui de bicicleta.

(Por BBC / Fonte: g1 globo)

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/abismo-entre-fala-e-escrita-os-10-erros-de-portugues-mais-cometidos-no-brasil/651283905

4 Comentários

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Para profissionais que devem se fazer compreender, notadamente em matérias recheadas de termos técnicos em que pequenas variações podem fazer muita diferença (por exemplo, há diferenças abissais entre remição e remissão, ambos termos técnicos passíveis de aplicação) a disciplina português não deveria ser optativa para acadêmicos do curso de direito (hoje é optativa), pressupondo-se que no vestibular isso já teria sido superado - infelizmente não é isso que acontece na prática (quantas vezes me deparei com omicidio e reconverssão - respectivamente homicídio e reconvenção em provas que apliquei como professor). Infelizmente as mazelas do ensino no país acabam comprometendo a qualidade técnica de muitos profissionais do direito que devem buscar a valorização do vernáculo - não se trata de discussão daquilo que a patrulha do politicamente correto designa como preconceito linguístico, mas se trata de apurar uma ferramenta técnica básica, elementar para o operador do sistema jurídico. Não estou defendendo aqui a utilização de linguagem rebuscada, de falar um português de cartola e polainas, mas, ao contrário, prega-se o cumprimento de regras basilares para que se faça compreender corretamente o que se quer expressar por petições. A tarefa se torna cada vez mais difícil pela utilização cada vez mais massiva de aplicativos de computador e telefonia que levam a abreviações (vc ao invés de você) - esse tipo de hábito, com o tempo, nos leva a ficar preguiçosos quando devemos ficar cada vez mais vigilantes. Parabéns pela iniciativa. continuar lendo

Ótimo Comentário!! Muito obrigado pela sua participação! continuar lendo

Legal!!!

O estudo da língua é para a vida toda. Eu escrevo mal de mais e sempre estou escrevendo e aprendendo. Consegui lembrar de 80% das regras expostas. Acho que ainda tenho chance. continuar lendo

Segundo Dr. Agnaldo Martino temos cerca de 600.000 palavras em nosso dicionário e, vamos usar durante toda nossa vida no máximo 5% disso. A dica é muita leitura. continuar lendo