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24 de Abril de 2024

Projeto em análise na CDH penaliza filho por abandono dos pais na velhice

Publicado por DR. ADEvogado
há 5 anos


Filhos podem ser penalizados por desamparo de pai ou mãe durante a velhice. É o que propõe um projeto de lei, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), que tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

O projeto (PL 4.229/2019) altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 2003) para prever a possibilidade de responsabilização civil do filho por abandono afetivo. A legislação já estabelece o direito da pessoa idosa à manutenção dos vínculos afetivos com a família e do convívio comunitário em ambiente que garanta envelhecimento saudável. O texto inclui que a violação desse dever passa a constituir ato ilícito, sujeito à sanção pelo Código Civil (artigo 927), e determina que o filho fica obrigado à reparação dos danos.

Em sua justificativa, o senador ressalta que é notório o acelerado envelhecimento da sociedade. O IBGE estima que em 2033 o número de pessoas com mais de 60 anos alcançará 20% da população brasileira, o que indica um aumento significativo — em 2013 esse percentual era de 11%, ressalta Lasier.


Autor da proposta, Lasier destaca envelhecimento da população e diz que iniciativa ajudará a resgatar ética familiar

O senador diz que a ampliação do número de pessoas idosas revela um grave problema, pois elas são mais vulneráveis fisicamente e psicologicamente e encontram dificuldades de inserção no mercado de trabalho.

“Cada vez mais temos ciência de relatos de pessoas idosas que são abandonadas pelas famílias justamente no momento de suas vidas em que mais precisam de cuidado e apoio. São descartadas como objetos de que já precisamos e que hoje não têm mais serventia”, lamenta.

Lasier destaca que a Constituição estabelece, no artigo 229, que os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar pai e mãe na velhice, carência ou enfermidade. O Estatuto do Idoso reforça esse princípio, inclusive priorizando o atendimento do idoso pela própria família.

“De efeito pedagógico, o projeto contribuirá, de alguma forma, para o restabelecimento de vínculos de afetividade e para a preservação de uma ética familiar que beneficiará a sociedade como um todo”, resume o autor.

Maria Helena sob supervisão de Paola Lima

(Fonte: Agência Senado)


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3 Comentários

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A ingratidão é mais um sintoma de nossa sociedade doente pelo egoismo.
O egocentrismo exacerbado do "Eu" concebe em si mesmo como a pessoa mais importante do universo.
Dessa forma, a nova geração somente consegue oferecer o mais sincero desprezo às pessoas que formaram sua rede solidária de amparo. continuar lendo

Para trabalhar pode ter sessenta dois anos e depos se aposentar quer dizer que o idoso e saudavél para os filhos ser responsáveis daí o Idoso sessenta anos e velho e não e capaz de cuidar de si prórprio.
hipocresia... continuar lendo

Com os avanços científicos, tecnológicos e da própria medicina, podemos afirmar que hoje, a velhice, começa de fato aos 75 anos para alguns e aos 80 anos para outros. Ainda assim, trata-se de dever de reciprocidade - nada mais normal do que os filhos cuidarem dos seus pais na velhice dos mesmos.
A Reforma da Previdência é necessária.
Não podemos esquecer que Lulla, via mensalão para o Congresso Nacional, alterou cláusula pétrea (Direitos e Garantias Individuais) ao taxar os aposentados em 11% - isso sim um verdadeiro crime contra aposentados e idosos e que muitos não sabem ou já esqueceram. continuar lendo